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domingo, 17 de abril de 2011

Passagem mais barata com o VLT do que com o corredor de ônibus

A guerra de preços e de nervos entre os grupos empresariais que defendem a implantação do Veículo Leve sobre Trilho (VLT) e do Bus Rapid Transit (BRT) teve lances interessantes após as declarações do diretor-presidente T’Trans, Massimo Giovina-Bianchi, segundo o qual o preço da passagem do VLT pode ser "até 10 vezes mais barata do que a de do BRT.
 
Segundo Bianchi, a tarifa do VLT nas cidades americanas, como Dallas e Denver, custa entre US$ 0.48 e US$ 1.88, respectivamente. Enquanto a passagem do BRT, nas mesmas cidades, é de US$ 4.15 e US$ 2,6, respectivamente. 

Os dados foram apresentados durante entrevista coletiva concedida hoje pelos representantes da T'Trans, logo após reunião com o governador em exercício, Chico Daltro (PP), e o presidente da Assembléia Legislativa, deputado José Riva (PP). 

A diferença nas passagens está relacionada ao tempo de troca da frota, sustenta o diretor da T'Tran. Isso porque, o tempo útil do ônibus do BRT é, em média, de sete anos, enquanto o VLT dura até 30 anos. "O custo da compra desses ônibus e da manutenção estará embutido nas passagens e é o cidadão que paga", assegura. 

O  estudo comparativo entre o VLT, BRT e Diesel Multiple Unit (DMU), que seria o VLT movido a diesel, foi outro lance interessante na guerra de nervos que vem sendo travada nos bastidores entre "veeletistas e beerretistas". 

Ele deu todas as garantias de que o VLT é o sistema mais adequado para Cuiabá e afirmou que o corredor de ônibus está ultrapassado. 

Além disso, garante Massimo Bianchi, o VLT seria até 30% mais rápido do que o BRT, pois o sistema de trilhos tem vantagem no tempo de parada dos ônibus. Outro aspecto levado em consideração é a capacidade de passageiros em cada um dos veículos. O ônibus tem comporta apenas 163 passageiros, enquanto o trem consegue chegar a 500 pessoas. 

O VLT também é de fácil acesso e tem sistema automatizado, com a opção de aumento na capacidade de passageiros, pois possui sistema de acoplamento, podendo acrescentar até dois bondes. 

O empresário apresentou as vantagens do sistema de trilhos atestando a seguridade do modal, principalmente, na redução de acidentes, devido à segurança na condução do veículo que possui um sistema que permite uma integração maior com o trânsito. 

Outro ponto positivo é a durabilidade dos ‘bondes’ do VLT que duram até 30 anos, enquanto os ônibus do BRT exigem a troca a cada sete anos, encarecendo ainda mais o sistema. Para Massimo, o sistema de corredor de ônibus possui a vantagem de servir como um alimentador do sistema estrutural de capacidade mediana. 

Por outro lado, os empresários que defendem a implantação do BRT garantem que a passagem não deve passar de R$ 1,00. No entanto, a informação foi quesitonada pelo deputado José Riva (PP), que alegou que estariam omitindo dados como a troca da frota, que deverá estar incluso.

Além disso, outro fato que deve ser levado em consideração é de que a obra do BRT, avaliada em quase R$ 500 milhões, deverá ser executada pelo Estado e repassada para uma empresa administrar. Enquanto, a construção do VLT deverá ser feito por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP).

Fonte: http://www.olhardireto.com.br/noticias/exibir.asp?edt=25&id=169368   Por Alline Marques


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